Doença arterial periférica - quais os sintomas mais frequentes?

Doença arterial periférica - quais os sintomas mais frequentes?

Estima-se que a doença arterial periférica atinja mais de 5% da população, número que aumenta para 10% quando se fala na população acima dos 70 anos. No entanto, poucos são aqueles que sabem o que é esta doença.

A doença arterial periférica é uma das doenças vasculares mais comuns, e que se não devidamente tratada poderá estar associada a um mau prognóstico. Os pacientes com doença arterial periférica nos membros inferiores têm maior probabilidade de desenvolverem um AVC (acidente vascular cerebral) ou um enfarte agudo do miocárdio, isto porque a doença base é a mesma – a aterosclerose.

De modo a sensibilizá-lo e a alertá-lo para os perigos desta doença, bem como ajudá-lo a encontrar o melhor tratamento, recomendamos que continue a ler este artigo.

O que é a doença arterial periférica?

Em resumo, a doença arterial periférica (DAP), ou doença arterial obstrutiva periférica dos membros inferiores, é uma condição clínica em que se observa a acumulação de placas de aterosclerose no interior das artérias (vasos responsáveis por levar o sangue a todo o corpo).

Estas placas de aterosclerose vão condicionar o seu estreitamento e, por vezes, até mesmo a oclusão do seu lúmen. Esta condição clínica irá, por sua vez, resultar na diminuição do fluxo de sangue rico em oxigénio e nutrientes para as diferentes partes do corpo, neste caso, dos membros inferiores.

Principais causas

Na maioria dos casos, a doença arterial periférica está associada à diabetes e ao tabagismo. Contudo, existem outros fatores de risco, tais como:

·       Dislipidemia (elevação sérica do colesterol e/ou triglicerídeos);

·       Hipertensão arterial;

·       Idade avançada;

·       Doença renal crónica (principalmente, quando em diálise);

·       História familiar de doença cardíaca ou vascular;

·       Pouca ou nenhuma prática de exercício físico.

Doença arterial periférica: sintomas

A doença arterial periférica tem sintomas diferentes, que variam de acordo com a gravidade da doença. Por norma, numa fase inicial os doentes não costumam apresentar qualquer queixa, sendo, por isso, assintomáticos.

No entanto, com o avançar da patologia, costumam surgir alguns sintomas, nomeadamente:

·       Claudicação intermitente (dor ou sensação de aperto muscular na perna ao caminhar ou a fazer exercício, que melhora com repouso);

·       Perda de pelos nas pernas e unhas dos pés enfraquecidas;

·       Úlceras crónicas nos pés (feridas que não cicatrizam);

·       Dor em repouso nos pés, principalmente na posição deitada, melhorando quando sentados.

Que tratamentos existem?

Atualmente, existem vários tratamentos para a doença arterial periférica. Tudo dependerá, claro, da clínica do doente, algo que é determinado pelo cirurgião vascular.

Prevenção

A prevenção é sempre a primeira opção no que diz respeito à doença arterial periférica nos membros inferiores. Para além de evitar que esta doença manifeste sintomas mais graves, a prevenção ajuda a controlar outras condições clínicas graves, como por exemplo, a diabetes, o dislipidemia e a hipertensão.

Para tal, é necessário modificar os hábitos da vida quotidiana, que passam por:

·       Deixar de fumar;

·       Praticar exercício físico de forma regular;

·       Ter uma alimentação saudável e variada (evitar as gorduras, o sal e o açúcar, que contribuem para os fatores de risco da DAP);

·       Cumprir a medicação prescrita pelo médico assistente (para controlo da diabetes, hipertensão e dislipidemia).

Fármacos

Por norma, os fármacos antigregantes (que atuam diretamente nas plaquetas do sangue), assim como as estatinas que ajudam a diminuir os níveis do colesterol, são a primeira opção no tratamento.

Por outro lado, podem também ser usados medicamentos que ajudam o paciente na marcha, promovendo a prática de exercício físico que é essencial no controlo da claudicação intermitente.

Cirurgia à doença arterial periférica

De um modo geral, o cirurgião vascular aconselha a cirurgia a pacientes que:

1.     Consigam tolerar com segurança o procedimento vascular;

2.     Apresentem sintomas graves e que já não respondam a tratamentos não invasivos.

Atualmente, nos métodos cirúrgicos, existem dois grandes grupos: a cirurgia aberta (que abrange várias técnicas cirúrgicas) e o tratamento endovascular (conhecido vulgarmente como cateterismo) que é uma técnica menos invasiva e uma alternativa crescente à cirurgia aberta.

Ainda tem dúvidas sobre a DAP?

Sabia que a doença cardiovascular é uma das principais causas de mortalidade em Portugal? Por isso, é importante que seja feito um diagnóstico e tratamento corretos de modo a evitar complicações.

Se tem dúvidas sobre a DAP ou quer saber mais sobre as formas de prevenção desta doença, o melhor é consultar um especialista em doenças vasculares. Marque já a sua consulta para fazer uma avaliação e melhorar a sua qualidade de vida.

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