Doença venosa crónica

A apresentação mais comum são as varizes e os vulgarmente designados “derrames”.

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 Classificação clínica


A Doença Venosa Crónica é um conceito bastante abrangente.

A classificação CEAP é a melhor forma de explicar esta patologia.

 

C1 - Telangiectasias / veias reticulares

Pequenos vasos designados de telangiectasias se < 1 mm de diâmetro e de veias reticulares se entre 1 a 3 mm .

Termos não médicos: derrames ou aranhas


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C2 - Varizes tronculares

Veias com > 3mm de diâmetro, habitualmente tortuosas.

Termos não médicos: veias varicosas


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C3 - Edema

Aumento no volume dos membros por acumulação de líquido nos tecidos, envolvendo mais frequentemente o tornozelo.

Termos não médicos: inchaço; retenção de líquidos


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C4 - Alterações cutâneas

Pode manifestar-se com hiperpigmentação (escurecimento da pele), eczema ou lipodermatoesclerose (inflamação crónica caracterizada por endurecimento e contractura da pele).

Termos não médicos: manchas


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C5/6 - Úlcera

A úlcera surge mais frequentemente na região do tornozelo. Classificada em C5 se cicatrizada e C6 se ainda ativa.

Termo não médico: feridas

 
 
 

 Sintomatologia


 
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QUEIXAS HABITUAIS…

Dor, inchaço, sensação de peso, desconforto e cansaço nas pernas

Agravamento ao longo do dia e em ambientes quentes

Alívio com elevação dos membros

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QUEIXAS MENOS HABITUAIS…

Cãibras noturnas

Parestesias (sensação de formigueiro)

Dor e prurido (comichão) na zona das telangiectasias/veias reticulares (“derrames vasculares”)

 

Tratamento


O tratamento da Doença Venosa Crónica deve ser adequado a cada situação clínica de forma a obter o melhor resultado possível

 
 
 

TELANGIECTASIAS / VEIAS RETICULARES

Primeiro é importante excluir insuficiência valvular (“varizes internas”), ou seja, assegurar-se que não haja outro problema venoso.

A escleroterapia é a técnica mais utilizada para erradicar as telagiectasias/veias reticulares.

 
Escleroterapia

Escleroterapia

 

 
 

VARIZES

Há várias opções de tratamento, a destacar:

  • cirurgia endovascular - tratamento minimamente invasivo por radiofrequência ou laserterapia.

  • cirurgia aberta - excisão das veias com insuficiência valvular, a referir:

    • o stripping de veia, mais frequentemente da veia grande safena

    • a miniflebectomia, uma importante técnica cirúrgica complementar à cirurgia endovascular e ao stripping de veias safenas.

Tratamento endovascular

Tratamento endovascular

 
 

 
 

EDEMA/ALTERAÇÕES CUTÂNEAS/ÚLCERAS

Quando aplicável, também beneficiam dos tratamentos referidos acima.

A contensão elástica aqui desempenha um papel crucial para a prevenção e tratamento de úlceras venosas.

Meias de compressão elástica

Meias de compressão elástica

 

Precisa de ajuda?

Na suspeita de Doença Venosa Crónica procure um especialista de Cirurgia Vascular para discutir a melhor opção para si.

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